Anna Watson, a cheerleader musculosa

Nunca me empolguei com cheerleaders. É americano demais. Mas confesso que Anna Watson me fez rever meus conceitos.

Ela tem bons argumentos.

A garota virou sensação nos EUA porque teria renunciado a muita grana porque se recusou a ser modelo para uma marca de esteródes legais. Por isso, deu entrevistas para sites, blogs e até programas de TV. Só que ela disse umas coisas que me fizeram pensar na imensa distância entre a vida real e a fantasia. Vou mostrar duas situações para explicar melhor.

1. Anna Watson como namorada
Eu convido Anna para sair. Ela aceita. A gente vai ao cinema e depois a um restaurante legal. Entre uma garfada e outra, a gente começa a falar da gente. Ela tem uma opinião sobre sexo antes do casamento. Eu tenho outra (ou melhor: eu tenho uma opinião sobre sexo hoje e ela tem outra). Eu tenho uma opinião sobre filhos. Ela tem outra. Eu tenho uma opinião sobre a igreja. Ela tem outra. No fim, a gente iria se despedir com um pensamento na cabeça dos dois: "ele/ela é legal, mas não dá". Pessoas que vão ficar juntas precisam combinar. E por mais que eu respeitasse a exigente rotina dela de exercícios e sacrifícios, não dá para viver muito tempo com alguém que tem opiniões políticas e religiosas opostas às suas. Rola respeito, mas dificilmente rola de ficar junto.

2. Anna Watson como fantasia (por favor, Anna: se você estava lendo isso, pare por aqui)
Eu convido Anna para ir à minha casa. Ela aceita. Ela chega de sobretudo e me joga em cima do sofá. Sem reação, eu vejo o sobretudo voar. Ela já está vestida de cheerleader e faz uma deliciosa pose de bíceps. Vendo que eu estou sem reação, ela diz: "vem dar um beijinho neles, gatinho". "Mas você não é contra sexo antes do casamento?" "Se a gente não vai se casar, não é sexo antes do casamento, baby". Eu sorrio e caio de boca naqueles bíceps durinhos, a gente faz o sexo mais incrível de nossas vidas e ela vai embora depois, prometendo voltar um dia desses.

Ok, qualquer um pode contratar uma garota de programa saradinha e vestí-la de cheerleader. Mas não é a mesma coisa. Não seria Anna Watson, minha mais recente fantasia.